Segundo Sidnei Piva de Jesus, o tênis é um esporte que muda bastante de acordo com o tipo de quadra. Isto posto, entre as superfícies mais conhecidas (grama, piso duro e saibro) é justamente o saibro que costuma gerar os maiores desafios para os atletas. Conhecido por partidas mais longas e ritmo diferente, esse tipo de piso exige mais do que técnica: ele cobra preparo físico, paciência e estratégia. Neste artigo, vamos entender por que o saibro representa um dos maiores testes no circuito profissional de tênis.
Como o saibro altera o ritmo das partidas?
O saibro é uma superfície mais lenta, o que significa que a bola quica mais alto e perde velocidade ao tocar o solo. De acordo com o empresário Sidnei Piva de Jesus, isso faz com que os pontos durem mais tempo e os jogadores tenham que construir jogadas com muito mais cuidado. Ou seja, aquelas bolas rápidas que decidem lances em um segundo, comuns na grama ou no piso duro, são mais difíceis de executar no saibro, exigindo paciência e variações.

Além disso, deslizar na quadra é uma característica marcante desse piso. Pois, ao contrário de outras superfícies, onde a movimentação é mais seca e direta, no saibro os atletas precisam dominar o “slide”, aquele movimento controlado de escorregar para alcançar a bola. Esse detalhe técnico influencia diretamente o tempo de resposta, o desgaste físico e o controle de bola.
Por que o saibro exige tanta resistência e paciência?
Como os pontos se prolongam, as partidas no saibro costumam durar mais do que em outras superfícies. O que faz com que a resistência física dos tenistas seja colocada à prova. Portanto, jogadores que não estão bem condicionados sofrem para manter o mesmo nível de performance durante os sets mais longos, conforme frisa Sidnei Piva de Jesus.
Já a paciência entra em cena porque o jogo no saibro raramente é decidido em poucos golpes. Ao contrário, ele favorece atletas que conseguem “cozinhar” o ponto, esperando a hora certa de atacar. Desse modo, o jogador precisa saber defender, contra-atacar e explorar os pontos fracos do adversário com mais inteligência. Aliás, como alude o empresário Sidnei Piva de Jesus, o emocional também é testado, pois manter a concentração durante um jogo longo é fundamental.
As principais características técnicas que fazem diferença no saibro
Por fim, para se dar bem no saibro, os atletas precisam se adaptar a várias exigências técnicas. Aqui estão alguns dos pontos mais importantes:
- Topspin mais alto: golpes com efeito de rotação para cima são mais eficazes, já que aproveitam o quique alto da bola.
- Deslize controlado: dominar o movimento de escorregar no saibro ajuda na recuperação de posicionamento e na defesa.
- Regularidade: manter a bola em jogo com consistência é mais vantajoso do que buscar o ponto final a cada troca.
- Variação de ritmo: saber alternar bolas rápidas com bolas mais altas e com efeito pode desequilibrar o adversário.
Assim sendo, esses aspectos técnicos, quando bem treinados, podem transformar o saibro de vilão em aliado. Logo, o segredo está em entender que essa superfície pede um estilo de jogo mais estratégico e menos impulsivo.
Saibro, um teste completo para qualquer tenista
Em conclusão, enfrentar partidas no saibro é como encarar um jogo de xadrez físico e mental. Uma vez que a lentidão da superfície, os longos rallys e a exigência técnica fazem dessa quadra um verdadeiro laboratório para a evolução do atleta. Portanto, quem domina o saibro ganha não só jogos, mas também uma maturidade tática que pode ser levada para qualquer outra quadra. Por isso, entender as exigências desse piso é essencial para quem busca crescer no esporte.
Autor: Anton Gusev