A fumaça proveniente de queimadas em Rondônia causou transtornos significativos no tráfego aéreo na sexta-feira, 17 de agosto. Um voo da companhia Azul, que partiu de Cuiabá com destino a Cacoal, foi forçado a retornar à capital mato-grossense devido à baixa visibilidade causada pela fumaça densa.
O incidente ocorreu quando a aeronave, um Embraer ERJ-190, aproximou-se de Cacoal mas não pôde pousar devido às condições adversas. Segundo dados da plataforma FlightAware, o avião decolou de Cuiabá às 11h59, chegou próximo ao seu destino, mas teve que dar meia-volta, pousando novamente em Cuiabá às 13h20.
As consequências da fumaça não se limitaram apenas a este voo. No mesmo dia, outro voo programado para partir de Cacoal com destino a Cuiabá também foi cancelado pelo mesmo motivo. A Azul informou que está trabalhando para reacomodar os passageiros afetados em voos extras.
Este não é um caso isolado em Rondônia. Recentemente, Porto Velho, a capital do estado, também enfrentou problemas semelhantes, com voos sendo desviados e cancelados devido à fumaça. A cidade continua a registrar a pior qualidade do ar do país.
Os problemas aéreos são reflexo de uma situação alarmante em Rondônia. O estado enfrenta um período de seca extrema e tem batido recordes de focos de queimadas. Julho foi o pior mês em quase duas décadas em termos de incêndios, e os primeiros 14 dias de agosto já superaram todos os registros do mesmo período em 2023.
Estes dados preocupantes são fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora constantemente a situação das queimadas na região. A persistência e intensificação desses incêndios não apenas afetam o transporte aéreo, mas também representam uma séria ameaça ao meio ambiente e à saúde pública.
As autoridades e companhias aéreas estão tendo que se adaptar rapidamente a esta realidade desafiadora. A Azul, por exemplo, está organizando voos extras para minimizar os transtornos causados aos passageiros afetados pelos cancelamentos e desvios.
Esta situação destaca a urgente necessidade de medidas efetivas para combater as queimadas na região amazônica. Enquanto isso não ocorre, é provável que mais transtornos no tráfego aéreo e outros setores continuem a afetar a vida dos habitantes de Rondônia e dos estados vizinhos.